sexta-feira, 2 de novembro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Tihuaco e Chacrona
Aqui estão alguns motivos, para quando for criticar um trabalho, o que deve ser levado em conta.
Obs: sem contar quando tudo dá certo, mesmo assim, deve se lembrar que gasto tempo, conhecimento, e acima de tudo, motivação de materializar um pensamento. Por isso não admire apenas o contexto, mas, sim o conjunto e a formação passo a passo!
Obs: sem contar quando tudo dá certo, mesmo assim, deve se lembrar que gasto tempo, conhecimento, e acima de tudo, motivação de materializar um pensamento. Por isso não admire apenas o contexto, mas, sim o conjunto e a formação passo a passo!
sábado, 15 de setembro de 2012
Telas Abstratas
A beleza do abstrato é nos proporcionar uma nova visão a cada olhar...
La bellezza di astratto è quello di fornire una nuova visione ogni sguardo...La belleza de lo abstracto es proporcionar una nueva visión cada mirada ...The beauty of abstract is to provide a new vision every look ...Die Schönheit der abstrakt ist, um eine neue Vision jeden Blick ...Красота абстрактные является создание нового видения каждый взгляд ...quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Xangô - Shango
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são o fogo, o Sol, os Raios, as Tempestades e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes. Xangô é o Orixá do Poder, ele é a representação máxima do poder de Olorun.
Enquanto Oxossi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, Xangô foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, muitos Orixás possuem relação com os Egunguns mas, ele é o único Orixá que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xangô é a roupa da morte, Axó Iku, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Ikù e Egun, o vermelho que lhe pertence. Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Yansã
Yansã é Orixá dos ventos, raios e tempestades. Responsável pelas transformações, (mutações e mudanças) ligadas às coisas materiais, fluidez de raciocínio e verbal, Orixá intimamente ligada aos avanços tecnológicos. É a grande guerreira.
Yansã é orixá de um rio, conhecido como níger, (em Iorubá =oyá). Este rio é imponente e atravessa toda a África. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através dos seus afluentes e por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Oyá, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Este rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra.
.Yansã é também agitada como o próprio vento. Extrovertida e sensual como poucas. Senhora absoluta dos eguns, além de esposa predileta de Xangô, divide com ele o domínio sobre as tempestades. Destemida, justiceira e guerreira, essa orixá NÃO teme nada.
. É um Orixá feminino muito famoso, sendo uma das mais populares figuras entre os mitos do Candomblé no Brasil, Portugal e África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá. Iansã é mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Iansã.
. Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, Yansã está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasceu da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio da chuva, é a filha do fogo. A tempestade é o poder manifesto de Yansã, rainha dos raios e das ventanias.
. Yansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, sendo a batalha do dia-a-dia, a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio. Dessa forma, passou a ser identificada muito mais com todas as atividades relacionadas ao homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Yansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. O fato de estar relacionada a funções tipicamente masculinas não afasta Yansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa e ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atração que sente pelo sexo oposto. Yansã teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se Orixá. Assim, Yansã tornou-se mulher de quase todos os Orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Yansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
. O temperamento de Yansã como Orixá costuma ser instável, exagerado e até dramático em questões que, não mereceriam tanta atenção e, principalmente tão grande dispêndio de energia.
. Ao mesmo tempo em que têm caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis, costuma fascinar os que a cercam. Extrovertida e chocantemente direta. Ciumenta, possessiva, mostra-se muitas vezes incapaz de perdoar qualquer traição. Todas essas características fazem de Iansã a Orixá com mais dificuldade em manter relacionamentos duradouros e é a Orixá que sempre está disposta a destruir tudo com o seu vento forte e arrasador.
Yansã é orixá de um rio, conhecido como níger, (em Iorubá =oyá). Este rio é imponente e atravessa toda a África. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através dos seus afluentes e por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Oyá, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Este rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra.
.Yansã é também agitada como o próprio vento. Extrovertida e sensual como poucas. Senhora absoluta dos eguns, além de esposa predileta de Xangô, divide com ele o domínio sobre as tempestades. Destemida, justiceira e guerreira, essa orixá NÃO teme nada.
. É um Orixá feminino muito famoso, sendo uma das mais populares figuras entre os mitos do Candomblé no Brasil, Portugal e África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá. Iansã é mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Iansã.
. Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, Yansã está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasceu da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio da chuva, é a filha do fogo. A tempestade é o poder manifesto de Yansã, rainha dos raios e das ventanias.
. Yansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, sendo a batalha do dia-a-dia, a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza a sua raiva e o seu ódio. Dessa forma, passou a ser identificada muito mais com todas as atividades relacionadas ao homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Yansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. O fato de estar relacionada a funções tipicamente masculinas não afasta Yansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa e ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atração que sente pelo sexo oposto. Yansã teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se Orixá. Assim, Yansã tornou-se mulher de quase todos os Orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Yansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos.
. O temperamento de Yansã como Orixá costuma ser instável, exagerado e até dramático em questões que, não mereceriam tanta atenção e, principalmente tão grande dispêndio de energia.
. Ao mesmo tempo em que têm caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis, costuma fascinar os que a cercam. Extrovertida e chocantemente direta. Ciumenta, possessiva, mostra-se muitas vezes incapaz de perdoar qualquer traição. Todas essas características fazem de Iansã a Orixá com mais dificuldade em manter relacionamentos duradouros e é a Orixá que sempre está disposta a destruir tudo com o seu vento forte e arrasador.
domingo, 9 de setembro de 2012
Exú
Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.
Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, o mundo material e o mundo espiritual, seja plenamente realizada.
Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.
Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo na construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins como fazem as religiões cristãs. Estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso; pelo contrário, na mitologia yoruba, bem como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.
De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.
No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados, positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.
Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú.
A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.
Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem.
Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.
Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.
E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro.
Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome.
Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.
Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, o mundo material e o mundo espiritual, seja plenamente realizada.
Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.
Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo na construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins como fazem as religiões cristãs. Estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso; pelo contrário, na mitologia yoruba, bem como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.
De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.
Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú.
A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.
Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem.
Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.
Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.
E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro.
Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome.
Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.
Ossain
Kó si ewé, kó sí Òrìsà, ou seja, sem folhas não há orixá, elas são imprescindíveis aos rituais do Candomblé. Cada orixá possui suas próprias folhas, mas só Ossaim (Òsanyìn) conhece os seus segredos, só ele sabe as palavras (ofó) que despertam o seu poder, a sua força.
De acordo com a história desse orixá, há uma rivalidade entre Ossaim e Orunmilá, que reflecte, na verdade, a antiga disputa entre os Oníìsegùn – mestres em medicina natural que dominavam o poder das folhas – e os Babalawó – sacerdotes versados nos profundos mistérios do cosmo e do destino dos seres, os pais do segredo.
Ossaim desempenha uma função fundamental no Candomblé, visto que sem folhas, sem a sua presença, nenhuma cerimónia pode realizar-se, pois ele detém o axé que desperta o poder do ‘sangue’ verde das folhas.
Ossaim é o grande sacerdote das folhas, grande feiticeiro, que por meio das folhas pode realizar curas e milagres, pode trazer progresso e riqueza. È nas folhas que está à cura para todas as doenças, do corpo ou do espírito. Portanto, precisamos lutar por sua preservação, para que consequências desastrosas não atinjam os seres humanos.
A floresta é a casa de Ossaim, que divide com outros orixás do mato, como Ogum e Oxóssi, o seu território por excelência, onde as folhas crescem em seu estado puro, selvagem, sem a interferência do homem; é também o território do medo, do desconhecido, motivo pelo qual nenhum caçador deve penetrar na floresta na mata sem deixar na entrada alguma oferenda, como alho, fumo ou bebida. Medo de que? Medo dos encantamentos da floresta, medo do poder de Ogum, de Oxóssi, de Ossaim; respeito pelas forças vivas da natureza, que não permitem a pessoas impuras ou mal-intencionadas penetrar em sua morada. Se nela entrarem, talvez jamais encontrem o caminho de volta.
Ossaim teria um auxiliar que se responsabilizaria por causar o terror em pessoas que entram na floresta sem a devida permissão. Aroni seria um misterioso anãozinho perneta que fuma cachimbo (figura bastante próxima ao Saci-Pererê), possui um olho pequeno e o outro grande (vê com o menor) e tem uma orelha pequena e a outra grande(ouve com a menor). Muitas vezes Aroni é confundido com o próprio Ossaim, que, segundo dizem, também possui uma única perna. Não se pode por isso confundir Ossaim com o Saci-Pererê, que é um personagem do folclore brasileiro. Ossaim é orixá de grande fundamento, que possui uma só perna porque a árvore, base de todas as folha possui um só tronco.

Ossaim é um orixá originário da região de Iraó, na Nigéria, muito próxima com a fronteira com o antigo Daomé. Não faz parte, como muitos pensam, do panteão Jeje assimilado pelos Nagô, como Nana, Omolú, Oxumaré e Ewá. Ossaim é um deus originário da etnia Ioruba. Contudo, é evidente que entre os Jeje havia um deus responsável pelas folhas, e Ágüe é o seu nome, por isso Ossaim dança bravun e sató, a exemplo dos deuses do antigo Daomé.
Uma confusão latente refere-se ao sexo de Ossaim; é preciso esclarecer que se trata de um orixá do sexo masculino. Entretanto, como feiticeiro e estudioso das plantas, não teve tempo de relacionamentos amorosos. Sabe-se que foi parceiro de Iansã, mas o controvertido relacionamento com Oxóssi, que ninguém pode afirmar se foi ou não amoroso, é o mais comentado.
Na verdade, Ossaim e Oxóssi possuem inúmeras afinidades: ambos são orixás do mesmo espaço, da floresta, do mato, das folhas, grandes feiticeiros e conhecedores dos segredos da mata, da Terra.
sábado, 8 de setembro de 2012
Oxum
O
|
xum é a força dos rios, que correm
sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede,
seus peixes que matam a fome e o ouro que eterniza as idéias dos homens nele
materializadas. Como as águas das rios, a força de Oxum vai a todos os cantos
da terra.
Ela dá de
beber as folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxóssi, esfria o aço
forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaiê, compõe a luz do arco-íris de
oxumaré.
Oxum é por
isso associada à maternidade, da mesma maneira que Iemanjá. Por sua doçura e
feminilidade, por sua extrema voluptuosidade advinda da água, Oxum é
considerada a deusa do amor.
Como acontece
com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum, e também
não podemos segura-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil feminino. A
sedução. A deusa que seduziu a todos os orixás masculinos.
Diz o mito q
Oxum era a mais bela e amada filha de Oxalá. Dona de beleza e meiguice sem
iguais, a todos seduzia pela graça e inteligência. Oxum era também extremamente
curiosa e apaixonada. E quando certa vez se apaixonou por um dos orixás, quis
aprender com Orunmilá, o melhor amigo de seu pai, a ver o futuro. Como o cargo
de oluô (dono do segredo) não podia ser ocupado por uma mulher, Orunmilá, já
velho, recusou-se a ensinar o que sabia a
Oxum. Oxum
então seduziu Exu, que não pôde resistir ao encanto de sua beleza e pediu-lhe
roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de Orunmilá. Para
assegurar seu empreendimento Oxum partiu para a floresta em busca das Iyami
oxorongá, as perigosas feiticeiras africanas, a fim pedir
também a elas
que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Exu há
tempos, não ensinaram Oxum a ver o futuro, pois sabiam que Exu já havia roubado
os segredos de Orunmilá, mas a fazer inúmeros feitiços em troca de que a cada
um deles elas recebessem sua parte.
Tendo Exu
conseguido roubar os segredos de Orunmilá, o deus da adivinhação se viu
obrigado a partilhar com Oxum os segredos do oráculo e lhe entregou os 16
búzios com que até hoje as mulheres jogam. Oxum representa, assim a sabedoria e
o poder feminino.
Em
agradecimento a Exu, Oxum deu a Exu a honra de ser o primeiro orixá a ser
louvado no jogo de búzios, e entrega a eles suas palavras para que as traga aos
sacerdotes. Assim, Oxum é também a força da vidência feminina.
Mais tarde,
Oxum encontrou Oxossi na mata e apaixonou-se por ele. A água dos rios e
floresta tiveram então um filho,chamado Logun-Edé, a criança mais linda,
inteligente e rica que já existiu.
Apesar do seu
amor por Oxossi, numa das longas ausências destes Oxum foi seduzida pela
beleza, os presentes (Oxum adora presentes) e o poder de Xangô, irmão de
Oxossi, rompendo sua união com o deus da floresta e da caça. Como Xangô não
aceitasse Logun-Edé em seu palácio, Oxum abandonou seu filho, usando como
pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi vê-la banhar-se no rio. Oxum
pretendia abandonálo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de
Iansã a deusa dos raios que estava por perto. Oxum deu então seu filho a Iansã
e partiu com Xangô tornando-se, a partir de então, sua esposa predileta e
companheira cotidiana.
Símbolo:
abebê
Cor: amarela
Comida: ipetê
Dia da
semana: Sábado
Saudação: Ora
ieieu, Oxum!
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
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